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Postado em 16 de Dezembro de 2020 às 14h09

Criadores de frango comemoram a recuperação do setor em todo país

Mercado (3)

O alto preço do milho, gerado pela quebra da safra americana, elevou o custo de produção de frango no Brasil em 2012 e muitos criadores quebraram. Agora, o mercado reagiu e eles voltaram a ter lucro com a atividade. Em todo o país, 70% da produção de frango têm como destino o mercado interno.

Holambra, município conhecido pelo cultivo de flores, é também um forte produtor de frangos do estado de São Paulo. Filho de holandeses, o criador Alfredo Bongers, se dedica há 30 anos à atividade na região. Em cinco galpões, mantém 80 mil aves.

Produtor integrado, Alfredo recebe os pintinhos, a ração, assistência técnica e faz a engorda dos animais para o abate. Hoje, ele consegue pelo frango até 10% a mais do que tirava no ano passado. Um alívio para quem chegou a fazer serviço de operador de máquina agrícola para fechar as contas. “Eu deixei de fazer investimento ano passado e precisei fazer trabalho para fora para conseguir manter a receita dentro da propriedade. A produção diminuiu de 10% a 15%”, relata.

Uma granja precisa ser adequada a uma série de normas de segurança para a saúde dos animais. Visitantes, por exemplo, só entram com jaleco. Além disso, tudo é automatizado: os ventiladores, o sistema de aquecimento e a distribuição de água e ração.

O custo de manutenção é alto e, só agora, sobrou dinheiro para o criador fazer melhorias na propriedade. “Estamos fazendo a manutenção do telhado. Esse ano eu ainda vou fazer a pintura. Ano passado não consegui fazer nada”, conta.

Alfredo é integrado à Cooperativa Pecuária Holambra, que trabalha com 70 produtores de frango de corte. O preço médio pago aos criadores em outubro é de R$ 0,42 por ave, contra R$ 0,38 do mesmo período de 2012.

A cooperativa vem conseguindo um aumento ainda maior: só neste mês, o preço de venda do frango subiu 25%. “A situação hoje para o produtor em geral, em São Paulo e no país, está muito melhor do que no mesmo período do ano passado. Em 2012, o sistema de produção sofreu muito, principalmente em função do alto custo das matérias primas e também, no início do ano, com o excesso de produção”, afirma Érico Pozzer, presidente da Cooperativa Pecuária Holambra.

A queda no preço do milho foi decisiva para diminuir a principal despesa da integradora: a ração. Com isso, o custo do frango, que chegou a R$ 2,40 no ano passado, hoje é de R$ 2,00, o quilo.

A recuperação do setor também é sentida na área de abate. Em 2012, a cooperativa precisou comprar de outros criadores para não deixar a estrutura parada. Agora, voltou a operar totalmente com o frango dos produtores integrados.

Além da melhora nos preços, a tecnologia também tem ajudado muitos criadores. Alex Segeren, por exemplo, fez mudanças no manejo e tem conseguido mandar para o abate uma ave com mais peso.

Um sistema de exaustores garante a temperatura ideal dos galpões e o bem estar das aves. A luz é reduzida gradativamente para que os pintinhos descansem e gastem menos energia. O frango de 43 dias que saía com 2,6 quilos agora sai com 2,8 quilos. “Se você consegue entregar um frango com mais peso e que gasta menos ração para ser produzido, você é melhor remunerado”, afirma Alex.

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